sexta-feira, 21 de outubro de 2016

> depois


Quando preparo uma exposição, desde as primeiras ideias à materialização das obras, o processo acontece de uma golfada; é um período denso de tempo, uma fase torrencial e ininterrupta. Por fim, quando se atingem os propósitos e se cumpre o plano traçado, parece acontecer um esvaziamento, um cerco à capacidade criadora instala-se e dura. 

Nesse momento estou quite comigo, com o mundo, com a galeria onde irá acontecer a exposição dos trabalhos, onde eles começarão uma nova vida. 

Neste tempo de natural descompressão revê-se e revisita-se o trabalho feito; agora com tempo, devagar, se possível de fora. Dá quase sempre vontade de voltar, corrigir aquela linha, tentar outra mancha... 
É então que se volta! 
Já sem o peso da tarefa, a pressa dos calendários, atiro-me a uma tela nova, armado de tintas e pincéis, vontades e ideias revistas. Nasce aquele que já não era esperado, o filho tardio. E como com os filhos tardios, o trato tem outro cuidado, mais calmo e sapiente, mais experimentado. Nasce com o carinho parental e os mimos fraternos a amparar as hesitações. Resume, condensa e resolve todos os defeitos, todas as virtudes da série, porta consigo a soltura do descompromisso. E isso, por entre o ciúme dos outros, faz dele o mais garboso e ousado, o mais mimado da prole. 

Por indisfarçável inveja, chamam-lhe o “extra-catálogo”. 



















quarta-feira, 25 de maio de 2016

> TEDx Aveiro

O Lugar da Arte
[breve exercício de desARTEficação]

Teremos nós consciência da importância da Arte na nossa vida? 
Damos conta dela nas coisas com que lidamos todos os dias?
Estamos capazes de entender o seu papel simbólico; a sua função política e religiosa, a sua importância social, na escala temporal das nossas vidas, na escala temporal das Civilizações?

Por onde vamos começar?












quarta-feira, 13 de abril de 2016

> abril

Comemorando Abril! 
Também celebrar o Disco de Vinil, no seu Dia Mundial; pelo seu papel como anunciador clandestino dos ventos de Liberdade, da Justiça e da Paz, onde e quando, pensar e querer foi delito.

















segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

> trinta anos...























[ trinta anos... ]

Foi há trinta a minha primeira participação numa exposição de pintura; com isso, deu-se o começo de um caminho com muitas curvas, encontros e desencontros, muitas horas de dedicação, algumas desilusões e outras tantas surpresas. Nestes próximos tempos vou aqui deixando alguns dos trabalhos que marcaram esse período; para mim será uma longa visita interior, um exercício de maturação, um enorme prazer partilhar. 
Venham comigo! FG