sábado, 5 de outubro de 2013

> Argonautas


Casa-Museu Teixeira Lopes 
[brevemente]

Da leitura de Jasão e os Argonautas (lenda da mitologia grega que narra a viagem do filho do rei Éson e de mais cinquenta heróis gregos a Cólquida em busca do Tosão de Ouro, a tão cobiçada e inacessível lã de ouro do carneiro alado Crisómalo) surge lentamente e desde alguns meses a vontade de tratar o tema. Pelo inexplicável processo que leva à formação da vontade e do ainda mais inexplicável que leva à criação, vi-me envolto nesta viagem, a bordo do grande Argo, lado a lado com estes heróis. partilhando medos e conquistas. Cheguei a pensar “recontar” a história ou parte dela; logo aí teria o problema de escolher quais os episódios que mais me tocavam; missão ingrata, tal é a riqueza da obra; foi então ficando mais clara na minha cabeça a ideia de “destilar” a obra, ater-me às suas personagens, resumir uma a uma a um objecto-icone; nóz-semente, cabeça singular, crânio que se transforma em elmo, ou vice-versa; condensar até ao símbolo. sinal e lugar da unicidade e da simultânea pluralidade, que se completa, transforma e alcança. Transformação que da viagem resulta. Este é um dos resultados possíveis. A obra fez-se assim, inacabada. A obra é sempre uma viagem a cumprir.
fg













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